Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Gestão Ambiental: Surgimento e importância

Gestão Ambiental: Surgimento e importância
Jéssica Gonçalves de Oliveira
Resumo
O objetivo deste trabalho é identificar a importância de uma empresa utilizar de uma Gestão Ambiental. Baseando também essa gestão dentro das normais (padrões) da ISO 14001, e as pequenas controvérsias que há entre a ISO 14001 e o SGA (Sistema de Gestão Ambiental), colocando seus sistemas, modo de utilização, e os benefícios que esses trazem a organização e a sociedade onde ela, ou seja, o seu ambiente externo. E discutindo também sobre as conseqüências que poderá ocorre se não houver a utilização deste.
Palavras-Chave
Surgimento da Gestão Ambiental; ISO 14001; SGA; Gestão Ambiental;
  1. Introdução
Esse estudo tem como objetivo mostrar a Gestão Ambiental em âmbito empresarial, seu surgimento e benefícios. Caracterizando a importância da sociedade e o meio em que vive que resultou na propulsão do surgimento deste, enquanto ferramentas e estratégias que podem ser usadas para a criação desse desenvolvimento sustentável e aceitação por parte de sua equipe.
Sendo necessário mesmo sua implantação nas empresas? Mostrando sua real apreensão e objetivo de Gestão Ambiental, não somente em seu ambiente interno como também em seu ambiente externo.
  1. Surgimento e implantação nas empresas: Gestão Ambiental
A uma busca de respeito à Natureza e seu recursos, renováveis ou não, com cada vez mais atividades econômicas. Apresentando suas preocupações de diversas formas, como, o grande e crescente numero de pressão referente à diminuição de recursos, e marcos reguladores ambientais (nacionais e internacionais).
Essa grande preocupação teve seu surgimento entre os anos 70 e 80, como duas forte forças condutoras. A primeira na década de 70, nos países desenvolvidos o governo impôs aos administradores melhoras em relação ao meio ambiente e empresa. Quanto à década de 80, ouve um crescimento muito grande de ambientalistas, que passaram a assumir papeis muito importantes na escolha de estratégias ambientais corporativas.
Nesses dois períodos ouve respostais significativas de empresas, tanto a sanções legais, quanto a sociais. Durante esses períodos se via manifestações inermes das empresas com relação à responsabilidade social, porém a partir destes períodos empresas começaram a criar departamentos voltados as questões ambientais.
A partir de 1990 muitas empresas começaram a colocar o meio ambiente como uma forma de estratégia, cujo qual Varadarajan (1992) chamou de “enviropreneurial marketing”, que se defini em atividades de marketing benéficas empresariais e ambientais, que visão os objetivos da empresa e os anseios sociais.
Assim, novas series de situações ambientais começaram a surgir nas empresas, como: invertidos e acionistas, que se interessou com as positivas performances ambientais e econômicas. Começando então, não só as pressões vindas do governo e do desejo social, mas também por acionistas, compradores, bancos e consumidores e/ou por concorrência. Onde a empresa passa a ser orientada para o meio ambiente. O relacionamento entre negócios e a Natureza é recíproco: negócios causam efeitos no meio ambiente e este nos negócios, que podem ser afetados de modo significativo na sua rentabilidade, reputação, no moral de seus colaboradores, no relacionamento com clientes e na apreensão dos investidores. (SOLITANDER, ET AL, 2002).
E a partir do ano 2000, vemos a cultura de negócios e desenvolvimento da sustentabilidade e responsabilidade socioambiental ser uma grande influencia, utilizando como ferramentas o Ecodesing (colocando o desing na produção combinando com a saúde e segurança durante todo o ciclo de vida dos processos da empresa) e Ecoeficiência (ação que agrega as ações ambientais em todas as áreas da empresa).
Logo com todas essas especulações surgi a Gestão Ambiental Empresarial, que foca o estudo de estratégias e economia através de uma boa convivência entre natureza e empresa. Deste modo afetando não somente o ambiente em que atua (interno), mas também o ambiente externo.
  1. Benefícios da Gestão Ambiental
Gerenciar uma organização de modo ambientalmente correto pode resultar em benefícios consideráveis para as empresas que o fazem como, por exemplo: redução de custos, dados o menor índice de refugos de produção, incentivos para a inovação, oportunidades de novos negócios, melhorias na qualidade do produto, diminuições de pressões regulamentadoras, entre outros. (Leandro Jose, 2007)
As empresas que não utilização de gestão ambiental estão sujeitas a perder oportunidades no mercado consumidor e obtendo riscos de se responsável por danos ambientais, significando grandes somas de dinheiro e colocando então em perigo o seu futuro.
Vejamos dois tipos de benefícios desta gestão, os benefícios econômicos e estratégicos.
Os econômicos estão relacionados à Economia de custo: reduz consumo de água, energia e outros insumos, devido também a reciclagem e redução de multas; Incremento de receitas: aumento na contribuição de produtos “verdes” que podem ser vendidos por preços mais altos, inovação de produtos e menos concorrência e novas linhas de produto;
Os benefícios estratégicos são: melhorias na imagem, maior produtividade, comprometimento do pessoal, melhoria nas relações com os órgãos governamentais e melhor adequação aos padrões ambientais.
Dessa forma os benefícios tragos pela gestão ambiental fazem crescer muito a utilização deste em empresas. Colocando também a motivação que a ISO 14001, proporciona.
  1. Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e a ISO 14001
O Sistema de Gestão Ambiental faz com que haja um comportamento voluntario das empresas e gestores na redução do impacto ambiental de suas atividades ou produtos. E para que isso ocorra tem que haver uma identificação e metas e fins ambientais e que desenvolva uma política ambiental sólida. Devendo indicar seu impactos ambientais, criar procedimentos de controles e gestão para controlar seus impactos.
Outra forma de redução de impacto é o treinamento dos empregados, para ter a certeza que será seguida as suas políticas, procedimentos e metas. Além disso, é de estrema necessidade que haja um sistema de documentação que explique todo os procedimentos a ser tomados para que seja seguida suas políticas, facilitando assim suas revisões administrativas e processos de auditorias.
Um SGA freqüentemente é submetido a auditorias, que abrangem ora a estrutura do sistema, ora o desempenho ambiental da empresa. Enquanto muitas empresas utilizam-se de sua auditoria interna, outras preferem auditorias externas, dado que a independência proporciona isenção e reconhecimento externo. Neste contexto, configura-se a ISSO 14001, o padrão de SGA desenvolvido pelo International Organization Standartization (ISO). (Joaquim Camilo, 2006)
A SGA pode ser personalizada para se adequar ás necessidade da empresa, porém para a empresa obter a certificação da ISO 14001, a empresa deve aderir totalmente aos padrões da mesma. Segundo Bansal e Hunter (2003) há seis descrições para uma SGA, entrar nos padrões da ISSO 14001:
  1. Estabelecimento de uma política ambiental;
  2. Identificação das atividades, produtos e serviços da empresa, que interajam com o meio ambiente;
  3. Identificação das leis existentes;
  4. Estabelecimento das prioridades da empresa e definição de objetivos e metas de redução dos impactos ambientais;
  5. Adaptação da estrutura da empresa para alcançar seus objetivos, que contemple a definição de responsabilidades, a realização de treinamentos, a comunicação e documentação; e
  6. Checagem e ajuste do sistema de gestão ambiental, se for o caso.





Essa ISO é o componente mais importante da série da ISO 14000, e a única que tem certificação. Surgindo em resposta da integração econômica global. Essa é mais desenvolvida em grandes empresas em países desenvolvidos. Esse fato é por que suas normais são de complexidades técnicas, também esta ligada aos custos envolvidos, ocasionando sua inviabilização a empresas de pequenos e médios portes.
Apesar de apresentar uma série de benefícios, conforme já evidenciado, a ISO 14001 possui algumas limitações. Uma delas está no fato dos participantes se auto-selecionarem, uma vez que se trata de medidas voluntarias [...] (Joaquim Camilo, 2006)
Outra limitação é que o fato de certificação do SGA nos padrões da ISO 14001 não pode ser substituído pelos padrões de gestão ambiental apresentados por outros organismos. Tornando-se um processo de melhoria continua.
Considerações finais
Finalmente podemos ver que a Gestão Ambiental tem uma grande importância para uma organização empresarial, que sem ela não só melhora em relação a custo da corporação, como também proporciona uma nova imagem que a empresa vai passar para seus consumidores, empregados, governo e compradores.
Sendo assim de suma importância essa gestão, não apenas para ganho próprio, todavia também a população em sua volta.
Referências
DE CASTRO, Joaquim Camilo. A influência dos sistemas de gestão ambiental baseados na ISO 14001 no valor de mercado das empresas brasileiras com ações negociadas na Bovespa. 2006. Monografia – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciências da Computação e Informações, UnB, Brasília, 2006.
DE SOUZA, Renato Santos. Fatores de formação e desenvolvimento das estratégias ambientais nas empresas. 2004. Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.
MORILHAS. Leandro José. O estágio emergente das práticas ambientais no desenvolvimento de produtos das organizações inovadoras: Um estudo exploratório. 2007. Monografia – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, USP, São Paulo, 2007.
Hrdlicka, Hermann Atila. As boas práticas de gestão ambiental e a influência no desempenho exportador: Um estudo sobre as grandes empresas exportadoras brasileiras. 2009. Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

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