Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

domingo, 8 de julho de 2012

Impactos Ambientais


Introdução

O meio ambiente tem grande importância na vida dos seres humanos. Dele extraímos os recursos para a nossa sobrevivência, como a água, comida (animais, vegetais). Sem falar de sua influência na economia, política, etc.
Devido ao uso abusivo que estamos fazendo dele, várias conseqüências estão aparecendo como desertificação, causada pelo desmatamento, queimadas, extinção de espécies da fauna e da flora.

Inversão Térmica

Consiste em um fenômeno natural que pode acontecer em qualquer parte do planeta. Em geral, ocorre no final da madrugada e no início da manhã, principalmente nos meses de inverno. No fim da madrugada, dá-se o pico de perda de calor do solo por irradiação. É quando, portanto, notam-se as temperaturas mais baixas, tanto do solo quanto do ar. Quando a temperatura mais próxima do solo caiu abaixo de 4ºC, o ar frio, é incapacitado de elevar-se, fica retido em baixas altitudes. Camadas mais elevadas da atmosfera são ocupadas com ar relativamente mais quente, que não consegue descer. Ocorre, assim, uma estabilização momentânea da circulação atmosférica em escala local, caracterizada por uma inversão das camadas: o a frio fica em baixo e o ar quente em cima, fenômeno definido como inversão térmica. Logo após o nascer do sol, á medida que havendo o aquecimento do solo e do ar próximo a ele, o fenômeno vai paulatinamente desfazendo-se. O ar aquecido sobe e o ar resfriado desce, voltando a ter circulação atmosférica. A inversão térmica se desfaz.
Como já foi dito, esse fenômeno pode ocorrer em qualquer lugar do planeta, porém é mais comum em lugares onde o solo ganha bastante calor durante o dia, mais em compensação perde muito a noite, tornando as baixas camadas atmosféricas muito frias, impossibilitando a sua ascensão. Assim, um ambiente muito favorável para a ocorrência da inversão térmica são as grandes cidades por apresentarem grande área construída, portanto desmatada e impermeabilizada, as grandes cidades absorvem grandes quantidades de calor durante o dia. Á noite, entretanto, perdem calor rapidamente. É justamente ai que está o problema: com a concentração do ar frio nas camadas mais baixas da atmosfera, o que impede sua dispersão, ocorre também a concentração de toneladas de poluentes emitidos por várias fontes, o que agrava muito o problema da poluição em baixos extratos da atmosfera, sendo um grave problema ambiental apenas em centros urbano-industriais.
No caso da cidade de São Paulo, há ainda um outro tipo de inversão térmica, o chamado efeito “tampão”. A entrada, no verão, de massas de ar quente proveniente do oceano forma um tampão sobre a cidade, que é cercada de morros. Essa camada de ar quente impede a ascensão do ar mais frio que está próximo do solo, causando uma inversão térmica natural. No entanto, o efeito “tampão”, ao impedir a ascensão do ar frio, concentra toneladas de poluentes em baixos extratos da atmosfera, porque dificulta sua dispersão. Assim, acidade de São Paulo apresenta inversão térmica tanto no verão, como no inverno, sendo que nesta estação é muito mais grave, pois os baixos índices pluviométricos colaboram ainda mais para dificultar a dispersão dos poluentes.

Ilha de Calor

Ilha de calor é o aumento de temperatura (raios solares), modificando composições atmosféricas como a ventilação, a umidade e, às vezes, causando chuvas intensas, em determinada época do ano. Esses efeitos climáticos acontecem, devido aos seguintes fatores:
a) Elevada capacidade de absorção de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de amianto;
b) Falta de áreas revertidas de vegetação, prejudicando o albedo, poder refletor de determinadas superfícies (quanto maior a vegetação, maior é o poder refletor) e logo levando a uma maior absorção de calor;
c) Impermeabilização do solo pelos calçamentos e desvios da água por bueiros e galerias, o que rediz o processo de evaporação, assim não usando o calor, e sim absorvendo;
d) Concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos;
e) Poluição atmosférica que retém a radiação do calor, causando o aquecimento da atmosfera (efeito estufa);
f) Utilização de energia pelos veículos de combustão interna, pelas residências e pelas indústrias, aumentando o aquecimento da atmosfera.
Devido a esses fatores, o ar atmosférico na cidade é mais quente que nas áreas que circundam esta cidade. O nome ilha de calor dá-se pelo fato de uma cidade apresentar em seu centro uma taxa de calor muito alta, enquanto em suas redondezas a taxa de calor é normal. Ou seja, o poder refletor de calor de suas redondezas é muito maior que no centro dessa cidade.

Desmatamento

Desmatamento contribui para o esgotamento das fontes de água natural prejudicando o abastecimento, deixa o solo sem proteção das raízes das árvores, impedindo a erosão.
A terraplanagem arranca as árvores plantas rasteiras e corta o solo. O desmatamento ocorreu para o plantio, a criação de gado, para comercialização da madeira, para moradias, etc.
A devastação florestal preocupa brasileiros e ambientalistas do mundo todo, pois interfere na fauna, destrói espécies da flora, contribui para a poluição da água, do ar, das chuvas ácidas, do efeito estufa e a comercialização ilegal de madeiras nobres.
Ocorre a poluição do solo, quando joga sobre ele qualquer coisa nestas áreas desmatadas, o material jogado não entra em decomposição, os decompositores são destruídos, o solo contaminado torna-se uma via transmissora e propagadora de doenças, assim como a perda da fertilidade do solo.
Além do custo ecológico, os incêndios contribuem para intensificar o efeito estufa, assim como a especulação madeireira. A África é uma amostra de destruição, em Madagascar, a devastação de 93% das florestas tropicais transformou regiões exuberantes em desertos.
As florestas de clima temperado são devastadas de modo mais intenso do que as tropicais. Estima-se que 44% dessas matas já desapareceram , restando 23 milhões em biodiversidade.
A situação atual é crítica percebe-se uma mudança na geografia da devastação que continua acelerada. A Mata Atlântica é um conjunto de três ecossistemas. No litoral, cresce a restinga, junto aos estágios dos rios, forma-se os manguezais, depósitos de matéria orgânica que alimenta inúmeras espécies de animais.
Por fim, vem as florestas, como folhagens mais densas e árvores mais altas, cujas raízes impedem que as camadas férteis do solo sejam “varridas” pelas chuvas. A sombra produzida pela copa das árvores preserva as nascentes dos lençóis freáticos. O funcionamento harmonioso desse conjunto significa vida para a mata. As bromélias, plantas de rara beleza, brotam no chão ou em caules, servindo de reservatório d’água para insetos, pássaros e pequenos animais como o mico-leão. Estes por sua vez, funcionam como dispersores de “sementes” que jogam no chão depois de comer a polpa das frutas.
A mata ainda apresenta grande variedade de madeiras nobres, como o pequi, o jequitibá e o jacarandá disputados no mercado internacionais. Espécies sem valor comercial, como a embaúba, por exemplo, sustentam com suas folhas o bicho preguiça.
A destruição vai desde o interesse econômico de grandes empresas, inclusive sob o argumento se geração de empregos, à sobrevivência dos pequenos agricultores. Contribui para o agravamento da situação uma centena de autorizações falsificadas de desmatamento em regiões onde se instalaram grandes fazendas de gado.
Durante os primeiros 350 anos de História do Brasil, o extrativismo foi ininterrupto e intenso. Nos últimos 150 anos, não sobrou muito o que contar. Ambientalistas alertam para o pouco que sobrou da floresta que só chega a aproximadamente 86 quilômetros quadrados, já beira o limite de vários ecossistemas. Neles sucumbem muitos das espécies nativas de flora e fauna e o que ainda parece pior, a Mata Atlântica pode desaparecer em 50 anos com o ritmo de destruição em que está.
A Mata Atlântica e seus ecossistemas associados abrangem 17 estados do Rio Grande do Sul ao Piauí, totalizado mais de 12,9 milhões de quilômetros quadrados. Cinco séculos depois, a mata é uma pálida sombra do que já foi. Pagou o preço por receber a maior parte da população brasileira e foi definhando, até chegar 7,4 de sua cobertura original. Mesmo assim, continua sendo um dos ecossistemas mais ricos do planeta, abrigando 58 espécies de árvores (38% da quais só existe na Mata Atlântica) e 131 espécies de mamíferos (23% só encontrado nessa floresta). Tem também a maior riqueza de árvores do mundo.
O clima dentro dos continentes é muito diferente do clima sobre os oceanos, mostrando que a atmosfera é fortemente influenciada pelo o que acontece terra abaixo. É certo que ocorrerão algumas mudanças no clima amazônico devido ao desmatamento. Estas mudanças podem estender-se ao certo da América do Sul e possivelmente ao resto do mundo. O desmatamento e o equilíbrio de energia da superfície.
A compreensão dos motivos pelos quais isto ocorreria depende de uma avaliação do equilíbrio global de energia. Apenas cerca de 50% da energia solar terrestre, sendo o resto refletido ou absorvido pelo ar e pelas nuvens. A maior parte desta energia e re-introduzida no ar através da evaporação, e o calor “latente” armazenado no vapor d’água pode ser então transferido por longas distâncias antes de ser liberado pela chuva.
A energia usada para aquecer diretamente o ar, chamada de “sensível” ou fluxo de calor convectivo, tem um terço da magnitude e é irradiada ao espaço mais rapidamente. O responsável cerca de 15% da energia solar que chega á atmosfera deixa o solo inicialmente sob a forma de radiação térmica, mas uma boa parte é reabsorvida para aquecer a atmosfera a uma temperatura de 30 graus. Isto ocorre basicamente pela interação com o vapor d’água e também como dióxido de carbono, o ozônio, o metano e outros gases de efeito estufa. As modificações da cobertura vegetal do solo alteram o equilíbrio de energia. Os raios de sol têm menos chance de serem refletidos porque penetram mais profundamente na floresta de grande altura.
Portanto, o desmatamento muda refletividades da superfície da Terra de aproximadamente 10% para algo em torno de 30% em um posto de grama baixa ou de 40% em solo nu ou totalmente erodido. O desmatamento também modificara o equilíbrio entre a evaporação e o fluxo de calor convectivo de uma forma complexa que depende da reação das plantas ao clima e a água disponível no solo.

Desertificação

à O que é Desertificação?
De acordo com a agenda 21, a desertificação foi definida como degradação em terras áridas que implica na perda da produtividade biológica ou econômica em terras agrícolas, de pastagens e matas nativas.
à Causas da Desertificação
As principais causas da degradação das zonas áridas são o sobreuso ou uso inapropriado dos recursos da terra, agravados pelas secas.
Dentre os usos mais nocivos ao meio ambiente podemos citar:
a) Uso intensivo dos solos tanto na agricultura moderna quanto na tradicional;
b) Cultivo em terras inapropriadas tais como pendentes, ecossistemas e matas remanescentes, etc.;
c) Pecuária extensiva;
d) Desmatamento em áreas com vegetação nativa áreas de preservação, margens de rios, etc.;
e) Práticas inapropriadas de irrigação, particularmente sem o uso de drenagem;
f) Mineração;
Finalmente devemos enfatizar que todos esses elementos estão aumentando num contexto onde:
a) As populações das regiões semi-áridas estão entre as mais pobres do mundo;
b) As tecnologias utilizadas não se adequam, em muitos casos, ás restrições de recursos naturais característicos dessas áreas;
c) A inserção das regiões secas aos mercados nacionais e internacionais vem estimulando a superexploração dos recursos dentro de sistemas produtivos tradicionais e com baixo nível tecnológico.
à Conseqüências da Desertificação
As conseqüências da desertificação podem ser divididas em quatro grandes grupos, como mencionados a seguir:
Sociais:
a) Abandono das terras por parte da população mais pobre (migrações);
b) Diminuição da qualidade de vida;
c) Desestruturação das famílias como unidades produtivas.
Econômicas e institucionais:
a) Queda na produção e produtividade agrícola;
b) Diminuição da renda e do consumo da população;
c) Desorganização dos mercados nacionais e regionais;
d) Instabilidade política.
Urbanas:
a) Crescimento da pobreza urbana devido às migrações;
b) Aumento da poluição e problemas ambientais urbanos.
Recursos naturais e clima:
a) Perda de biodiversidade (flora e fauna);
b) Perdas de solo por erosão;
c) Diminuição da disponibilidade efetiva dos recursos hídricos devido ao assoreamento de rios e reservatórios;
d) Aumento das secas edáficas por incapacidade de retenção de água dos solos;
e) Aumento da pressão antrópica em ouros ecossistemas.

Queimadas

As queimadas são praticadas na preparação do solo para a agricultura, e as secas são as principais causas do alastramento do fogo nas matas do país.
As queimadas prejudicam o solo, pois além de destruir toda a vegetação, o fogo também acaba com nutrientes e com os minúsculos seres (decompositores) que atuam na decomposição dos restos de plantas e animais.
Todos os anos, mesmo que Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) proíba as queimadas a um aumento no número de incêndios em florestas nativas, reservas indígenas, e parques, esses incêndios propositais alastram-se por campos e matas ressecadas por uma longa estiagem.
São necessárias algumas décadas para recompor o cenário e a prova de que as catástrofes ambientais não podem ficar à mercê de tanta burocracia. Os altos riscos de incêndio se devem a três razões conjugadas. Os efeitos da seca provocada pelo El Ninõ, o aumento da exploração madeireira e as condições do solo. Nas áreas de alto risco de queimadas a ocorrência de água em uma profundidade de até cinco metros de solo é zero.

Extinção

Apesar da extinção de algumas espécies ser um fato natural e ás vezes necessário para a continuação e evolução de outras, atualmente ela vem intensificando-se, devido à destruidora ação humana, dentre as quais se destacam o desmatamento, a eliminação de elementos químicos no meio ambiente e a caça predatória.
Com o desmatamento de áreas florestais para o uso agropecuário, por meio das queimadas, o homem ao mesmo tempo acaba com vegetações raras e/ou importantes para o meio e com o habitat e a fonte de sobrevivência de vários animais da região.
Várias indústrias como as petroquímicas e as cosméticas despejam, acidentalmente ou não, substâncias tóxicas nas águas, no ar e no solo, contaminando todos os seres que deles necessitam.
A caça de animais, principalmente os raros, para a venda no comércio ilegal ou o uso de suas partes para a fabricação de artefatos como bolsas, carteiras e sapatos, leva várias espécies a extinção.
à Extinção no Brasil:
Jacaré
O jacaré do Pantanal Mato-Grossense é um dos animais brasileiros que vem correndo maior risco de desaparecer.Os coureiros, como são chamados os caçadores de jacarés, matam esses animais e retiram sua pele. A carne é abandonada; depois de decomposta, restam montes de ossos.A pele do animal é vendida dentro e fora do país. Com ela, fabricam-se bolsas, sapatos, cintos, carteiras, etc.
Ema

A ema também é um animal bastante perseguido pelo homem, já que suas penas são usadas em fantasias exibidas durante o carnaval. O uso das penas de ema torna essas fantasias caríssimas.
Paca
A carne de paca é apreciada por muitas pessoas. Por isso, a paca é outro animal bastante caçado.
Pássaros
Os pássaros, de um modo geral, são retirados das matas para serem comercializados. São encontrados em feiras livres, engaiolados e nas piores condições de vida. Curió, canário-da-terra, canário-belga, sabiá, Estevão, azulão e cardeal são os pássaros mais vendidos.

Conclusão

A partir das últimas décadas a questão ambiental tornou-se uma preocupação mundial. A grande maioria das nações do mundo reconhece a emergência em buscar soluções aos problemas ambientais. Alterações climáticas, desertificação, poluição atmosférica e perda da biodiversidade são algumas das questões a serem resolvidas por cada uma das nações do mundo, segundo suas respectivas especificidades.
Habitantes do chamado primeiro mundo, vêm pressionando seus governos a buscar alternativas para tentar reverter aos danos causados ao meio ambiente. Muitos desses países, contudo, mantém velhas práticas e continuam a explorar a natureza contaminando, com suas indústrias obsoletas, o resto do mundo. Contribuindo assim com o agravamento de problemas sociais de nações empobrecidas, prosseguindo sua caminhada rumo a um mundo insustentável e perigoso.
A responsabilidade pela escalada destrutiva não recai apenas sobre os países ricos. O Brasil, por exemplo, tem grande participação na dilapidação de seus recursos naturais e na desagregação de seu meio ambiente. Cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro têm o ar comprometido pela poluição, o que provoca doenças graves, até as fatais. As florestas brasileiras vêm sendo devastadas sem qualquer controle, em nome de um projeto de desenvolvimento questionável, com prejuízos para a flora, a fauna e o homem.
O desafio é grande e envolve adversários poderosos, movidos por interesses que pouco tem contribuído para a proteção dos recursos naturais. Mas o que está em jogo é, antes de tudo, a vida do planeta e de seus habitantes. Por isso é urgente a mobilização de todos para salvar a biodiversidade, da qual todos dependem.


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