Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

sexta-feira, 20 de julho de 2012

AGRONEGÒCIO

1- INTRODUÇÃO
        Sr Valdemar dos Anjos e Otávio Cesário o agronegócio sempre foi de grande relevância para a economia brasileira, segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o Agronegócio brasileiro é responsável por 33% do produto interno bruto (PIB), 42% do total exportado e 37% dos empregos brasileiros. O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários tipos de produtos agropecuários.
        Sendo este um ramo com tamanha importância na economia nacional, não pode ficar sem a observância e controle da contabilidade.
             2- AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
             Soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento do processamento e da distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos com bases neles.
             Moderno, eficiente e competitivo, o agronegócio brasileiro é uma atividade próspera, segura e rentável. Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados. Esses fatores fazem do país um lugar de vocação natural para a agropecuária e todos os negócios relacionados à suas cadeias produtivas. O agronegócio é hoje a principal locomotiva da economia brasileira e responde por um em cada três reais gerados no país.
             O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários. É o primeiro produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas. Além disso, lidera o ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calçados de couro.
             3- EMPRESAS RURAIS
             Essa atividade está suportada em procedimentos como a exploração da capacidade produtiva do solo, criação de animais e transformação de determinados produtos agrícolas.
             A contabilidade rural, também está embasada sobre linhas conceituais, como toda e qualquer contabilidade. Para esse intento, Marion (2000:22) apresenta que alguns pressupostos mínimos dessa atividade rural, quando diz que as empresas rurais “(...) são aquelas que exploram a capacidade produtiva do solo por meio do cultivo da terra, da criação de animais e da transformação de determinados produtos agrícolas”.
             3.1- ATIVIDADES DE UMA EMPRESA RURAL
             Marion classifica as atividades rurais em três grupos distintos, ou seja, atividade agrícola(produção vegetal), atividade zootécnica (produção animal) e atividade agroindustrial (indústrias rurais).
            Em outro momento, a contabilidade rural continua destacando seus estudos para outro grupo – o da zootécnica (criação de animais), a qual também possui uma subdivisão, onde Marion (2000: 22-3) a divide em apicultura (criação de abelhas), avicultura (criação de aves), cunicultura (criação de coelhos), pecuária (criação de gado), piscicultura (criação de peixes), ranicultura (criação de rãs), sericicultura (criação do bicho-da-seda) e pequenos animais.
            Para o entendimento do conjunto de atividades das empresas rurais, novamente, Marion (2000-23) apud Freire, mostra que a palavra pecuária é caracterizada como a arte de criar e tratar o gado, sendo que esses gados são animais geralmente criados no campo, para serviços da lavoura, para o consumo doméstico, ou para fins industriais e comerciais.
            Outro fator importante é lembrar que o gado, não é somente os bovinos, pelo contrário, são os suínos, caprinos, eqüinos, ovinos, muares, etc., e lógico o gado bovino, também tratado como gado.
            Com isso, o autor Marion (2000:23) entra no último grupo das empresas rurais, ou seja, a atividade agroindustrial. Esse segmento está composto pelo beneficiamento dos produtos agrícolas (arroz, café, milho, etc.), pela transformação de produtos zootécnicos (mel, laticínios, casulos de seda, etc.), e a transformação de produtos agrícolas (cana-de-açúcar em álcool e aguardente, soja em óleo, uvas em vinho e vinagre e a moagem de trigo e milho).
            3.1.1 – EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO DENTRO DAS EMPRESAS RURAIS
            EXAUSTÃO: Quando se trata de floresta própria, o custo de sua aquisição ou formação (excluído o solo) será objeto de quotas de exaustão, à medida que seus recursos forem exauridos (esgotados). Aqui, não se tem a extração de frutos, mas a própria árvore é ceifada, cortada ou extraída do solo: reflorestamento, pastagem, cana-de-açúcar, etc.
            AMORTIZAÇÃO: O termo amortização, por sua vez, é reservado tecnicamente para os casos de aquisição de direitos sobre empreendimentos de propriedade de terceiros, apropriando-se o custo desses direitos ao longo do período determinado, contratado para a exploração.
            O termo amortização, por sua vez, é reservado tecnicamente para os casos de aquisição de direitos sobre empreendimentos de propriedade de terceiros, apropriando-se o custo desses direitos ao longo do período determinado, contratado para a exploração.
            4- DIFERENÇA ENTRE AGRONEGÓCIO E AGROINDÚSTRIA
            É importante deixar claro um aspecto: o termo agroindústria não deve ser confundido com agronegócio. Na verdade, o primeiro faz parte do segundo. No agronegócio, a agroindústria é a unidade produtora integrante dos segmentos localizados nos níveis de suprimento à produção, à transformação e ao acondicionamento, e processa o produto agrícola, em primeira ou segunda transformação, para sua utilização intermediária ou final.
            Agronegócio = Soma das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, do processamento e da distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos com base neles.
            Agroindústria = é apenas um dos itens da chamada Organização da Produção, que envolve todo o processo de produção deste as atividades chamadas antes da porteira, como insumos, sementes, máquinas e equipamentos, mão-de-obra e crédito, passando pelo produção dentro da porteira, onde os agricultores geram a matéria prima, chegando no depois da porteira, que prevê a transformação industrialização e comercialização da produção até o consumidor final.  Mas esta agroindústria pode, se bem planejada, se tornar um diferencial para manter as famílias de pequenos agricultores no processo produtivo com maior rentabilidade.
            5- TIPOS DE CULTURA
            Culturas temporárias e Culturas Permanentes
            5.1- CULTURA TEMPORÁRIA
            São aquelas que produzem apenas uma colheita, são plantadas e no momento da colheita sua planta é removida totalmente. Exemplos: soja, trigo, milho, arroz, batata, feijão, legumes, cevada, etc.
            Todos os gastos com esses produtos serão contabilizados no Ativo Circulante, como se fossem um Estoque em andamento em uma empresa industrial. Portanto, haverá dentro do grupo Estoques uma conta chamada Culturas temporárias e haverá subcontas com o nome específico da cultura que está sendo trabalhada. Exemplo: arroz, trigo, soja, etc.
            CUSTO
            Será classificado como Custo tudo o que for gasto nas produções agrícolas, que sejam identificáveis direta ou indiretamente com as culturas. Exemplos: sementes, adubos, serviços de terceiros (agrônomo, topógrafos, etc), mão de obra (direta ou indireta), depreciação das máquinas e equipamentos utilizados na cultura, etc.
            DESPESAS
            Despesas do período são os gastos que não podem ser identificados com a cultura, não sendo assim acumulado nas contas do estoque de culturas temporárias. Normalmente são despesas vinculadas às atividades administrativo e de vendas da empresa, como propaganda, comissão de vendedores, salários dos funcionários do escritório administrativo, aluguel do escritório administrativo, conta de água e luz dos escritórios de venda e administrativo. Essas despesas serão lançadas diretamente no resultado do exercício, não compondo, portanto os custos das culturas.
            5.1.1- CONTABILIZAÇÃO DOS GASTOS ANTES DA COLHEITA NA CULTURA TEMPORÁRIA
            Os gastos com colheita devem ser alocados dentro do Ativo Circulante – Estoques na conta Culturas Temporárias (ou culturas temporárias em formação) com uma subconta especificando qual a cultura que está sendo trabalhada (cevada, aveia, milho etc.) e logo que terminar a colheita desta cultura, todo o saldo acumulado nessa conta deve ser transferido para a conta de Produtos Agrícolas, também havendo uma subconta com o nome da cultura (cevada, aveia, milho etc.). Enquanto estiver acumulando custos em Culturas Temporárias é como se fosse um estoque em formação, um estoque que está sendo elaborado. E quando for realizada a colheita, esse estoque estará acabado e pronto para ser comercializado, sendo assim transferido da conta Culturas em formação para a conta de Produtos Agrícolas.
            Nesta conta de Produtos Agrícolas serão somados todos os custos posteriores a colheita (custo para acabamento do produto. Exemplo: beneficiamento) e com o acondicionamento deste estoque, como silagem, congelamento, etc.
            5.1.2 – CONTABILIZAÇÃO DOS GASTOS APÓS A COLHEITA NA CULTURA TEMPORÁRIA
            Após a colheita, o produtor se vê em uma situação onde está com o produto agrícola pronto para ser comercializado, porém, pode não estar satisfeito com o preço que o mercado está pagando. Assim, ele resolve estocar o produto e esperar um momento  mais oportuno para vende-lo, quando o preço no mercado esteja maior do que está atualmente.
            Estes gastos de armazenamento tradicionalmente são tratados como despesas do período (despesas de vendas). Porém, caso essa estocagem possa perdurar por um longo período, por muitas vezes até mais de um ano, é interessante acumular esse custo de armazenamento junto com o custo do estoque, assim, poderemos encontrar o verdadeiro custo do produto (custo de produção + custo de estocagem) na hora da venda. Afinal, o produto depois de acabado continuou consumindo recursos (os gastos com estocagem), e esses devem ser levados em consideração no cálculo do custo do produto vendido.
            5.2 – CULTURAS PERMANENTES
            São culturas que duram mais de um ano ou mais de uma colheita. Elas permanecem vinculadas ao solo.
            Exemplos: Laranjeira, maçã, goiaba, café, manga, uva, etc.
            Contabilização: Se divide em 2 partes:
             - Formação da cultura permanente no ativo não circulante, “dentro” do grupo imobilizado como “culturas permanentes em formação.” Onde terá subcontas específicas (uva, café, florestamento (araucária, eucaliptos). Seringueira, etc. Os custos serão acumulados nestas subcontas.
            ATIVO NÃO CIRCULANTE, IMOBILIZADO, CULTURAS PERMANENTES EM FORMAÇÃO, CAFÉ.
            - A colheita caracteriza-se como um estoque em andamento, os seus custos são apropriados na conta “colheita em andamento”, identificando sempre as culturas colhidas. Inclui-se aqui a MOD, produtos químicos, custos de irrigação, etc, e inclui também a depreciação da “cultura permanente formada”.
            ATIVO CIRCULANTE, ESTOQUES, COLHEITAS EM ANDAMENTO, CAFÉ
            5.2.1 CULTIVO DO CAFÉ
            A plantação de café vem despertando, novamente, um grande interesse nos agricultores brasileiros, não só devido aos bons preços que a saca do café vêm alcançando no mercado, mas também pelas modernas técnicas de cultivo, o que possibilita a obtenção de uma produtividade bem mais elevada.
            DEPRECIAÇÃO: São informadas por agrônomos, técnicos em agronomia ou pelos próprios agricultores que conhecem a vida útil ou o número de anos de produção da árvore, que varia não só em uma função do tipo do solo, clima, manutenção, mas também em virtude da qualidade ou tipo de árvore.  O café sofre depreciação.
            Taxas de depreciação
            - Videira que produzirá frutos por 25 anos
            . 100%  : 25 anos = 4% a.a.
            5.2.1.1 – CALCULO DA DEPRECIAÇÃO
            Exemplo: - Cultura formada Café $ 500.000,00  durará 25 anos
            100 : 25 anos = 4% a.a.
            500.000,00 x 4% = $ 20.000
            Valor de depreciação por ano: $ 20.000,00
            6- TIPOS DE PECUÁRIA
            É a arte de criar gado.
            Pecuária de Corte: é a destinada à criação de animais com o objetivo de produção de carne para o consumo.
            Existem três fases distintas, na atividade pecuária de corte, pelas quais o animal que se destina ao abate passa:
            a) cria - a atividade básica é a produção de bezerros que só serão vendidos após o desmame; normalmente
            a matriz (em época de boa fertilidade) produz um bezerro por ano;
            b) recria - a atividade básica é, a partir do bezerro adquirido, a produção e a venda do novilho (garrote)
            magro para a engorda;
            c) engorda - a atividade básica é, a partir do novilho magro adquirido, a produção e a venda do novilhongordo.
            Sistema de produção: podem ser 2 tipos basicamente:
            Extensiva: mantido em pasto natural;  Intensiva: Confinamento paga engorda mais rápida.
            Pecuária leiteira: é a destinada a produção de leite e seus derivados (queijos, iorgutes, etc).
            6.2 - Classificação do gado no Balanço Patrimonial
            A classificação do gado no balanço patrimonial vai depender de sua classificação no rebanho. O gado que será destinado a comercialização (bezerro, novilho magro ou gordo) deverá ser contabilizado no estoque (ativo circulante), uma vez que é o estoque da empresa rural que será vendido futuramente.
            Já o destino à reprodução (touro e matriz) serão contabilizados no imobilizado (ativo não circulante).
            ATIVO
            CIRCULANTE
            ESTOQUES
            Bezerros de 0 a 12 meses
            Novilhos de 13 a 24 meses
            Novilhos de 25 a 36 meses
            6.3 - DEPRECIÇÃO NA PECUÁRIA
            Estão sujeitos a Depreciação: Reprodutores (Touro); Matrizes (vaca).
            6.3.1 – CÁLCULO DA PECUÁRIA
            Divide-se o valor do animal pelos anos de vida útil.
            Exemplos:
|                   |VALOR                     |VIDA ÚTIL           |DEPRECIAÇÃO POR ANO                                       |
|TOURO              |R$ 5.000,00               |8 ANOS              |R$ 625,00                                                 |
|MATRIZ             |R$ 4.000,00               |10 ANOS             |R$ 400,00                                                 |
            7- CONCLUSÃO
            A contabilização do agronegócio hoje é de grande importância para a agricultura e para os agropecuários, pois precisam se atualizar e ter uma boa organizações nos negócios para ter um bom rendimento e sucesso.
            8- REFERÊNCIA
                • Livro Unopar Virtual Contabilidade do agronegócio 6º Período
                • Web Aula Agronegócio
                • Aula Atividade Agronegócio
                • Biblioteca Virtual Unopar
                • Slides Aula Agronegócio
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Apostila Contabilidade Industrial  5 módulo Unopar virtual
- Web Aula Contabilidade Industrial
- Aulas Virtuais Contabilidade Industrial
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     EMPRESAS RURAIS RURAIS
Exploração da capacidade produtiva do solo
Cultiva a terra
Cria animais
Transforma produtos agrícolas
     ATIVIDADE RURAL RURAIS
Divisão por Grupos: produção
      Vegetal RURAIS
 Animal
Indústria Rural (transformação)
Atividade Agrícola
Atividade ZootécnicaRURAIS
Atividade
Agroindustrial
ATIVIDADE ZOOTÉCNICA = Criação de animais
Divisão em grupos de criação
Avicultura
Apicultura
Cunicultura
Pecuária
Piscicultura
Ranicultura
Sericultura
Pequenos Animais
TRANSFORMAÇÃO
BENEFICIAMENTO
ATIVIDADE AGROINDUSTRIAL
Produto Zootécnicos
Produtos Agrícolas
Produto Agrícola

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