Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

SENTIMENTOS SEDIMENTARES...

SENTIMENTOS SEDIMENTARES...



Eu nunca fui uma pessoa muito interessada em pedras e rochas, essas coisas que a gente aprende nas aulas de Geografia, mas nessa semana vi que as pedras tem uma outra função. Tive uma aula sobre rochas sedimentares em uma pequena cidade no interior de Minas Gerais, uma aula prática nos morros da cidade. Observando as camadas das rochas, pensei no tempo que ela tinha levado para ser formada e como era fácil tirar pedaços dela. Mas como algo que levou anos para se estruturar pode se desfazer ao toque de nossos dedos?
Passei os dias pensando na fragilidade do lugar, mas como os finais de tarde e as noites de lua eram encantadoras não pensei muito mais além das rochas, além do que eu podia ver.
Na viagem de volta acabei pegando no sono (quem me conhece sabe que eu não faço isso, rs) e tive um sonho, sonhei com aquela cidade que eu deixava com um pesar no coração, mas no meu sonho aquelas rochas, aqueles morros eram diferentes, onde antes tinhas apenas pedras eu via sentimentos, não me pergunte como isso é possível, pois nem eu sei explicar. Quando estava quase entendendo o que via acordei meio assustada no meio do transito de São Paulo. Não pensei mais no sonho, cheguei em casa, desfiz a mala, guardei minhas coisas e sai com a minha familia. Contei sobre a viagem, falei das belezas do lugar e das pessoas, sobre as experiências que tive e de como tudo tinha me encantado, mas algo ainda não estava claro, não conseguia parar de pensar no que as rochas queriam me dizer. Sei que parece besteira, mas acho que aquele lugar é cheio de mistérios em virtude das formações rochosas que envolvem a cidade.Hoje, ao acordar entendi aquele sonho maluco. Quando encontramos pessoas em nosso caminho construímos uma série de sentimentos, da mesma forma que as rochas sedimentares, em camadas. Essas camadas vão se unindo e dando forma ao que sentimos pelo outro, porém ao leve toque de nossos dedos tudo pode se desfazer.
Durante a viagem eu acrescentei camadas aos meus sentimentos, porém muitas partes de mim viraram areia.
Após observar tantos finais de tarde lindos, grutas maravilhosas e pessoas interessantes, me apeguei de fato às pedras do lugar, aquele cheiro seco que eu só senti lá. Acho que preciso de uma aula de como manter inteiros os sentimentos sedimentares, mas essas coisas só aquela cidade pode ensinar.

Quem sabe um dia eu volto lá. Você me acompanha?

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