Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Revolução Industrial da França



 Em 1789 a Grã-Bretanha já se encontrava nitidamente à frente do seu mais próximo concorrente, a França. Esta tentou acompanhar o ritmo inglês, recorrendo ao protecionismo real e a técnicos britânicos. Pôde assim contar com equipamentos como a jenny, máquina que fiava com grande rapidez; a water frame, máquina movida a energia hidráulica; a fundição à base de coque; e a primeira bomba a vapor, construída em Chaillot, em 1779, segundo o modelo de James Watt.

Fatores diversos, no entanto, retardaram a revolução industrial na França. A vantagem inglesa já era sensível em 1786, quando do tratado comercial entre os dois países, duramente criticado pelos industriais franceses, pelos prejuízos que lhes trazia a concorrência inglesa.

Diversos fatores contribuíram para manter a França na retaguarda: o retardamento da produção agrícola em virtude das limitações impostas pela pequena propriedade, incapaz de liberar grandes excedentes de mão-de-obra; a perda dos principais mercados coloniais; o maior interesse dos capitalistas franceses pelos altos cargos públicos, terras e títulos de nobreza; a estreiteza e falta de organização do mercado de capitais; e a mentalidade limitada e conservadora dos empresários.

A revolução francesa de 1789 e as guerras napoleônicas impulsionaram a produção em massa e a conquista de novos mercados, como a América Latina pelos industriais ingleses, enquanto a França teve de limitar-se à Europa. Aumentou ainda mais sua defasagem tecnológica nos setores da metalurgia e dos têxteis em relação à Grã-Bretanha, apesar do esforço de Napoleão para fomentar a industrialização. O processo incipiente de industrialização não resistiu ao retorno da paz em 1815, e os empresários que conseguiram sobreviver ampararam-se numa legislação protecionista exagerada, estimuladora de inépcia e baixa produtividade. Com o comércio em crise e os transportes desorganizados e precários, somente após 1830 foi possível implantar uma política eficiente de industrialização e construção ferroviária.

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