Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Cartografia

O que é?

Cartografia é um conjunto de operações científicas, artísticas e técnicas produzidas a partir de resultados de observações diretas ou de explorações de documentação, tendo em vista a elaboração de cartas, plantas e outros tipos de apresentação e também a sua utilização.
Conceito Moderno de Cartografia

Organização, apresentação, comunicação e utilização da geoinformação nas formas visual, digital ou táctil, que inclui todos os processos de preparação de dados, no emprego e estudo de todo e qualquer tipo de mapa.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

Cartografia é a arte de levantamento, construção e edição de mapas e cartas de qualquer natureza.
Segundo o Dicionário Cartográfico (de Oliveira, Cêurio - IBGE)
Cartografia (Hist.) 1. Vocábulo criado pelo historiador português Visconde de Santarém, em carta de 8 de dezembro de 1839, escrita em Paris, e dirigida ao historiador brasileiro Adolfo de Varnhagen. Antes da divulgação e consagração do termo, o vocábulo usado tradicionalmente era cosmografia. 2. Conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, visando à elaboração e preparação de cartas, projetos e outras formas de expressão, bem como a sua utilização (ACI).
Conceito Moderno de Mapa

Apresentação ou abstração da realidade geográfica, ferramenta para apresentação da informação geográfica nas modalidades visual, digital e tátil.
A Cartografia no Brasil

A Cartografia, no Brasil, teve seu desenvolvimento a partir da Segunda Guerra Mundial em função dos interesses militares. Instituições como os atuais Instituto Cartográfico da Aeronáutica (ICA), Diretoria do Serviço Geográfico do Exército (DSG) e Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), foram as principais responsáveis pela execução da Cartografia Sistemática do País, objetivando mapear todo o território nacional, em escalas de 1:50.000 a 1:250.000.
Considerações sobre a Coordenação do Sistema Cartográfico Nacional
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Considerações sobre o Sistema, Política e Plano Cartográfico Nacional

Ao IBGE coube a formulação e a execução do conjunto de ações para uma política territorial, cujo objetivo estava centrado na revisão da administração territorial a partir de procedimentos técnicos e científicos. O IBGE teve a sua atuação voltada para o levantamento e sistematização das informações do quadro territorial, de modo a atender a administração pública em todas as suas dimensões.

O panorama hoje se mostra distinto. A desativação da Comissão de Cartografia ao início dos anos 90 insere-se no movimento maior de reforma do Estado, em que se preconiza a eliminação das estruturas vinculadas ao planejamento centralizado, que dominou a administração pública a partir dos anos 30 – 40.

Para todos os efeitos, o Sistema Cartográfico Nacional será entendido como o conjunto das "entidades nacionais, públicas e privadas, que tenham por atribuição principal executar trabalhos cartográficos ou atividades correlatas".

O Plano Cartográfico Nacional é composto pelos Planos Cartográficos Terrestre Básico, Náutico e Aeronáutico. O Plano Cartográfico Terrestre Básico contém o Geodésico e abrange as escalas vinculadas a abordagem sistemática do território nacional:
Séries de: 1:1.000.000, 1:500.000, 1:250.000, 1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000.

Em termos da representação básica, de uso geral, o Plano é suficientemente explícito, contudo se mostra deficiente em regular a apresentação temática, que vem ganhando importância crescente com a racionalização das preocupações para com o ambiente natural e os processos de organização social comprometedores da qualidade de vida. A omissão também é observada com relação às escalas grandes, também ditas cadastrais, onde se mostra crescente a demanda e se observa a necessidade de normalização.

Um conjunto de seminários relativos a Política Cartográfica Nacional realizado por um grupo de trabalho do IBGE, em 1991, apresentou uma proposta para discussão sobre o Plano Cartográfico Nacional que deveria conter necessariamente os seguintes programas:
– Programas de Cartografia (Terrestre Básica, Temática, Náutica, Aeronáutica, Militar, Cadastral);
– Programa Geodésico;
– Programa de Sensoriamento Remoto para a Cartografia.
Aplicações e Tendências Futuras

A Cartografia, cuja função essencial é representar a realidade através de informações espaciais de uma forma organizada e padronizada incluindo acuracidade, precisão, recursos matemáticos de projeções cartográficas, datum para a determinação de coordenadas e ainda recursos gráficos de símbolos e textos, têm tido suas aplicações estendidas à todas as atividades que de alguma forma necessitem conhecer parte da superfície terrestre. Assim, o mapa será sempre necessário, por exemplo, nos projetos de engenharia (Construções de Estradas, Usinas, Cidades, Parques) e no planejamento e monitoramento regional do meio ambiente (Recursos Naturais, Agricultura, Florestas, Hidrografia, etc.

Atualmente, os conhecimentos de cartografia, necessários à tecnologia SIG, desfrutam de um grande desenvolvimento na habilidade de se construir mapas digitais que efetivamente comuniquem as idéias e questões geográficas de um mapa analógico. Para isto, softwares apropriados são desenvolvidos e objetivam ainda, viabilizar a utilização de produtos resultantes das novas tecnologias de captação e processamento da informação espacial, como é o caso das imagens de satélites, dos dados obtidos por levantamentos com GPS e das imagens retificadas de fotografias aéreas, ou seja, as ortofotos digitais. Graças às novas possibilidades oferecidas por estes produtos digitais, pode-se constatar significativas renovações aos métodos cartográficos conforme mostram os comentários a seguir:
a) Utilização de Imagens de Satélite

A tomada de imagens a partir de plataformas espaciais, com sensores montados a bordo de satélites artificiais, capazes de gravitar no entorno da Terra, tem gerado expectativas e experiências capazes de provocar novas revoluções no processo cartográfico. Embora as expectativas ainda não tenham sido atendidas (o que justifica-se no fato dos satélites artificiais de observação terrestre não terem sido projetados para aplicações cartográficas), os cartógrafos vêm se utilizando das imagens decorrentes das aplicações dos sistemas de sensores LANDSAT e SPOT. As imagens utilizadas para o desenvolvimento de técnicas de monitoramento de ações sobre a superfície terrestre, atualização cartográfica, produção de fotomapas e, no caso do SPOT, compilação estereofotogramétrica em mapeamentos topográficos em escalas pequenas.
b) Utilização de GPS

A tecnologia GPS começa a concretizar o sonho dos cartógrafos de se libertarem das injunções dos levantamentos terrestres, através de sistemas de mapeamento que, a partir de fotos aéreas, dispensam os custosos e demorados levantamentos de campo. A integração dos posicionadores GPS com as câmaras fotogramétricas em plataformas inerciais permite a determinação da posição do centro ótico da câmara, no instante de tomada da imagem, através da obtenção das coordenadas X, Y, Z e das atitudes da mesma, com precisão suficiente para satisfazer às especificações para todos os tipos de mapas em escalas médias e grandes.
c) Utilização de Ortofotos Digitais

A utilização de ortofotos pode ser valorosa em muitos aspectos da cartografia.Os mapas digitais estarão, nos próximos anos, substituindo rapidamente os mapas convencionais em papel (analógicos), utilizados por séculos. A evolução dos sistemas digitais de registro iconográfico, em substituição aos analógicos em base de filme, começa a apontar, em futuro próximo, à processos de compilação cartográfica que poderão se desenvolver inteiramente em ambiente computacional, eliminando as custosas instalações de laboratórios fotográficos. Se faz oportuno ressaltar que estas inovações revelam a necessidade de se rever a base conceitual dos processos de produção cartográfica.
Referências Bibliográficas

- Oliveira, Cêurio de, Curso de Cartografia Moderna/Cêurio de Oliveira, 2 ed., Rio de Janeiro, IBGE, 1993
- Brandalize, A, Notas de aulas do curso Introdução ao Geoprocessamento, Módulo de Cartografia, Sagres Editora Ltda.;
- Mello, M.P, A comissão Nacional de Cartografia, CONCAR;
- Tavares, M.M. et. al, Atualização Cartográfica com o uso de Ortofotos Digitais, UFPR;
- Olivas, M., Geração De Carta Imagem Com Extração Direta De Informações Vetoriais, UFPR;
- Marini, M.C. & Silva, Integração Topografia/GPS/Restituição Aerofotogramétrica, E.F.

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