Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Pensamento Pedagógico da Escola Nova


A Escola Nova representa o mais novo movimento da educação depois da escola pública burguesa. Sua teoria propunha que a educação fosse instigadora da mudança social e, ao mesmo tempo, se transformasse porque a sociedade estava em mudança.
Um dos pioneiros da Escola Nova foi Adolphe Ferrière (1879-1960). Suas idéias se basearam em concepções biológicas, mais tarde se transformando numa filosofia espiritualista. Considerava que o impulso vital espiritual é a raiz da vida, fonte de toda atividade, e que o dever da educação seria conservar e aumentar esse impulso.
Ferrière criticava a escola tradicional afirmando que ela havia substituído a alegria de viver pela inquietude.

John Dewey (1859-1952) foi o primeiro a formular o novo ideal pedagógico, afirmando que o ensino deveria dar-se pela ação e não pela instrução. Para ele, a educação continuamente reconstruía a experiência concreta de cada um. Essa experiência se apresentava sempre diante de problemas que a educação poderia ajudar a resolver.

De acordo com essa visão, a educação era um processo de reconstrução. Não existiria um fim a ser atingido, mas a educação se confundiria com o próprio processo de viver. O importante era aumentar o rendimento da criança, segundo seus próprios interesses vitais. Só o aluno podia ser o autor de sua experiência. Nesse sentido, a Escola Nova acompanhou o desenvolvimento capitalista, representou a exigência desse desenvolvimento. Propunha a construção de um homem novo dentro do projeto burguês da sociedade.
Teve também grande destaque dentro desta escola, a experiência da médica Maria Montessori (1870-1952), que transpôs para crianças normais seu método de recuperação de crianças deficientes. Construiu vários jogos e materiais pedagógicos que, com algumas variações, são ainda utilizados em pré-escolas. Pela primeira vez na história da educação, construiu-se um ambiente escolar com objetos pequenos para que a criança tivesse domínio sobre eles: mesas, cadeiras, estantes, etc.


Jean Piaget (1896-1980) investigou a natureza do desenvolvimento da inteligência na criança, propondo o método da observação para a educação da criança. Criticou a escola tradicional que ensina a copiar e não a pensar. Segundo ele, para obter bons resultados o professor deveria respeitar as leis e as etapas do desenvolvimento da criança. O objetivo da educação deveria ser aprender por si próprio a conquista do verdadeiro.

O pedagogo Roger Cousinet (1881-1973) desenvolveu o método de trabalho em equipes, adotado até hoje. Defendia a liberdade no ensino e no trabalho coletivo, substituindo o aprendizado individual, propôs que o mobiliário escolar fosse despregado do chão para que os alunos pudessem formar grupos em classe e ficar um de frente para o outro.
Os métodos foram se aperfeiçoando e levaram para a sala de aula o rádio, o cinema, a televisão, o vídeo, o computador e as máquinas de ensinar. Essas inovações atingem os educadores que muitas vezes se perdem diante de tantos meios e métodos propostos.


Paulo Freire (1921) denunciou o lado conservador dessa visão pedagógica e observou que a escola podia servir para educação prática da dominação e para a educação como prática da liberdade. Para ele, a educação nova não foi um mal em si mesma, representou um avanço na história das idéias pedagógicas.

Educar não significa ser omisso, neutro diante da sociedade atual. Deixar a criança à educação espontânea é também deixá-la ao autoritarismo de uma sociedade nada espontânea. O papel do educador é intervir, mostrar um caminho, e não se omitir.

Fonte: www.sfc.br       






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