Turma de Licenciatura Plena em Geografia EAD 2013- Uniube

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Geografia Uniube EAD 2013

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Pensamento pedagógico crítico


O movimento pela Escola Nova criticou os métodos tradicionais da educação. O marxismo e o positivismo também criticaram a educação enquanto pensamento antiautoritário. Foi a partir da segunda metade deste século que a crítica à educação e à escola se acentuou. O otimismo foi substituído por uma crítica radical, e entre os maiores críticos encontramos Louis Althusser (1918-1990), Pierre Bourdieu e Jean Claude Passeron.
As obras desses autores tiveram grande influência no pensamento pedagógico brasileiro da década de 70. Elas demonstraram o quanto a educação reproduz a sociedade. Podemos dizer que esses autores formularam as seguintes teorias da educação: Althusser, a teoria da escola enquanto aparelho do Estado; Bourdieu e Passeron a teoria da escola enquanto violência simbólica.
Althusser afirmou que a função da escola capitalista consistia na reprodução da sociedade e que toda ação pedagógica seria uma imposição arbitrária da cultura das escolas dominantes. Bourdie e Passeron acreditavam que a escola constituía-se no instrumento mais acabado da capitalismo para reproduzir as relações de produção e a ideologia do sistema.
O pensamento crítico antiautoritário, encontrado na "Escola de Frankfurt", apresenta um dos referenciais mais importantes. Entre os autores dessa escola encontramos Walter Benjamin (1892-1940). Ele criticou o ensino nas universidades, onde predominava a informação ao invés da formação, a profissionalização ao invés da preocupação com a totalidade e a individualidade de cada ser humano. Benjamin também criticou as visões adultocentrista e a falta de seriedade para com a criança. Apontou o valor da ilustração dos livros infantis, salientando que a criança exige do adulto uma representação clara e compreensível, mas não infantil. Ressaltou ainda o valor dos jogos que se dirigem à pura intuição da fantasia: bolhas de sabão, jogos de chá, aquarelas e decalcomanias.
Outro teórico do pensamento crítico é Basil Bernstein (1924). Estudou o papel da educação na reprodução cultural das relações de classe: a maneira pela qual uma sociedade seleciona, classifica, distribui e transmite o conhecimento educacional que considera público, reflete a distribuição de poder e os princípios de controle social. Essa é sua teoria da transmissão cultural.
Na educação popular e na educação de adultos, a obra de Myles Horton (1905-1990) tem grande importância. O processo educacional da Highlander, escola q   ue fundada por ele, se baseava na cultura dos grupos que a freqüentavam: história oral, canções, dramas, danças, com o objetivo de aumentar a confiança e a determinação. Em 1977, encontrou Paulo Freire em Chicago e puderam verificar o quanto, por caminhos diferentes, haviam andado na mesma direção. No ano em que morreu, saía um livro de ambos contando suas experiências.
 Fonte: www.sfc.br 


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